segunda-feira, 11 de julho de 2011

Alzheimer




A porta já estava aberta, quando ela chegou. Já fazia mais de um mês que ninguém entreva lá sem que ela estivesse presente. A barriga ganhou um frio indescritível e as pernas pareciam que não suportariam mais o peso do corpo por muito tempo. Ela sentou.
Diz-se que já não ia muito bem de saúde e qualquer emoção mais temperada poder-lhe-ia atacar os nervos. – Quem deve ter entrado aqui?! Perguntou de si para si. Mas na boca só cabia a amargura do pavor.
Voltou pro quarto correndo e quis ligar para a filha... O número lhe faltava a memória
Desligou!
Num segundo depois olhou para o espelho e viu alguém com suas roupas, o seu batom o seu jeito! Sentiu um pavor lancinante e procurou pela casa o marido falecido... Tornou a dormir.